domingo, 19 de fevereiro de 2017

A história dos governos no Brasil

Um governo deve ser sempre compreendido pelas interações e ações do poder executivo, representado pelo presidente e legislativo, formado pelos deputados e senadores. A responsabilidade pela bonança governamental e pela derrota política de um Estado deve ser sempre compartilhada em maior ou menos grau por esses poderes, além do judiciário que entraria como uma força moderadora, que em tese, visa a garantia da ordem e da justiça social


A política no Brasil acaba sendo um ciclo vicioso que não se modifica profundamente desde que os portugueses chegaram nessa terra. Quando o Brasil foi conquistado por Portugal, boa parte da política era concentrada nas mãos de pessoas ricas e que tinham posses no reino, normalmente, ligadas a família real portuguesa, que nas regiões em que governavam tinham poder quase supremo, inclusive, sobre a vida das pessoas. Posteriormente, veio a República que era dominada pelos coronéis através dos votos de cabresto, que se estendeu até muito pouco tempo atrás.

A etapa seguinte foi a da ditadura e mais uma vez o Brasil foi governado pelos oligarcas que defendiam seus interesses pessoais e deixavam as pessoas morrerem, em grande número, todos os dias, de fome ou de sede, especialmente, na região Nordeste do Brasil. Após a ditadura novamente essas famílias tradicionais e que dominaram o sistema político durante séculos mantiveram a sua força política, especialmente, devido à influência econômica sobre o processo político, falta de compreensão das classes menos favorecidas sobre política e cidadania e também pela falta de uma educação inclusiva e crítica que demonstrasse realmente aquilo que deve ser aplicado para a vida em sociedade.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

O Estado do Espirito Santo é hoje um exemplo de Estado Mínimo

Para os defensores do Estado Mínimo, que garantem que o mercado se auto regula, que defendem a lógica do neo-liberalismo, que hoje, até mesmo, o FMI condena por verificar que só traz desigualdade social e um crescimento não sustentável, o Estado do Espírito Santo na crise atual é uma amostra do que significa a política de Estado Mínimo proposta pelos partidos DEM, PSDB e PMDB implementada nos estados que governam e agora também no Governo Federal


A política do Estado Mínimo, ou seja, da mínima intervenção do Estado na Economia e nos serviços estatais exceto no controle, foi muito discutido entre os anos setenta, oitenta e se tornou quase um consenso nos anos 90, exatamente quando o Brasil estava sendo governado pelo presidente Fernando Henquique Cardoso do PSDB que realizou um governo totalmente visando o atendimento desses princípios. Privatizações, falta de investimentos em áreas sociais e repasses de empresas estratégicas para a iniciativa privada se tornaram comuns no decorrer dessa década. 

Os anos se passaram e os problemas relacionados a esse tipo de modelo se mostraram para o mundo. A falta de investimento estatal em áreas sociais aumenta a desigualdade social, retira das populações mais humildes o acesso a direitos básicos e que deveriam ser universais e repassam as riquezas nacionais e seus lucros basicamente para a iniciativa privada, ficando o Estado apenas com os prejuízos deixados por essas empresas na exploração dos recursos que, muitas vezes são finitos. Prejuízos ambientais também se tornam comuns quando esses recursos são repassados para empresas privadas, um exemplo clássico desses prejuízos para a comunidade é o caso da Samarco, empresa ligada a Vale que destruiu o Rio Doce anos atrás.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Temer indica Morais do PSDB para o STF

A indicação de Michel Temer para o STF acaba com qualquer esperança para aqueles que ainda tinham alguma expectativa com relação ao futuro do Brasil. Mostra o quanto as nossas instituições estão falidas e o quanto o governo tem certeza que o povo brasileiro continuará inerte qualquer que seja a sua ação


O presidente da República, Michel Temer (PMDB) no decorrer desta semana demonstrou mais uma vez que não está nem aí para o que a opinião pública possa pensar sobre seu governo e sobre suas ações. Ele com amplo apoio de sua base congressista PMDB, PSDB, DEM entre outros partidos, indicou para o STF (Supremo Tribunal Federal) o seu atual Ministro da Justiça, cargo de livre nomeação do presidente e diretamente ligado ao seu governo, Alexandre de Morais.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dona Marisa e a injustiça brasileira

É difícil imaginar o martírio que passou a ex-primeira dama Marisa Letícia nos seus últimos meses de vida. Acusações totalmente infundadas e sem materialidade, vazamento de conversas pessoais e privadas com seus filhos para a grande mídia, injustiça total no tratamento de seu esposo que revolucionou positivamente a história desse país. De tanta injustiça hoje ela descansa em paz em um lugar certamente mais justo do que o nosso Brasil!


Hoje, dia 02 de fevereiro, amanhecemos com a notícia de que Marisa Letícia, esposa de Lula, não resistiu ao AVC sofrido na semana anterior e teve morte cerebral no decorrer da madrugada. É difícil entender as causas desse acidente vascular em situações normais, mas o caso de Dona Marisa Letícia não era um contexto comum e sim um contexto de muita pressão que vinha sofrendo recentemente, devido a acusações, muitas vezes, infundadas por parte da justiça brasileira contra ela e toda a sua família. Um tipo de pressão que de tão injusta pode ter influenciado ou causando esse AVC apenas dois dias após a justiça arquivar o processo sobre o triplex do Guarujá por falta de provas que ele realmente pertencia  a Lula.