domingo, 12 de novembro de 2017

Aécio aplica o golpe no presidente do PSDB

O senador Aécio Neves aplicou um novo golpe. Dessa vez no presidente em exercício de seu próprio partido o PSDB, repassando o mandato de Tasso Jeressati para Alberto Godman. Com golpes contra dois presidentes em menos de 4 anos, já que atuou ativamente na derrubada da presidente eleita Dilma Rousseff e agora contra o presidente em exercício do seu próprio partido, Aécio caso derrubem mais alguém ainda nesse mandado já pode pedir música.


É impressionante a desfaçastez apresentada pelo nosso ex-candidato a presidência, quase eleito em 2014 a presidente da República Federativa do Brasil. Aécio Neves tem se mostrado cada vez mais alheio as regras gerais e a democracia, vontade de uma maioria, em todas as circunstâncias de disputa, após ter, felizmente, perdido aquelas eleições. 

Lembro ainda na campanha de 2014 que Lula fez a definição de como ele via Aécio naquele momento ainda em meio a campanha eleitoral. Nas palavras do próprio ex-presidente o então candidato a presidência república nada mais era do que um “playboyzinho mimado”. Com o tempo passando o que se mostrou do Senador foram essas características. 

Logo que perdeu as eleições começou a agir juridicamente por não aceitar a derrota, tomando várias ações que atrapalharam o país e criaram uma enorme insegurança jurídica para o governo da então presidente Dilma Rousseff. Primeiro ele pediu a recontagem de votos, depois solicitou que a presidente não fosse diplomada e sim que ele, o segundo lugar nas eleições, fosse diplomado no lugar dela. E por fim, entrou com um pedido no TSE para que a presidente fosse cassada por abuso de poder econômico por ter recebido recursos de campanha das empresas ligadas a Lava Jato as mesmas que depositaram milhões para financiamento de sua própria campanha. 

Quando viu que nenhuma dessas ações poderia dar resultados práticos e rápidos o “mineirinho playboy mimado”, na versão de Lula, começou a atuar para desestabilizar o país através das suas ações no congresso. Segundo pessoas próximas o objetivo de Aécio era claro: a ordem era  inviabilizar o governo Dilma pelo congresso, sem congresso não se governa e ela não vai conseguir governar.

Montando uma tropa de choque de oposição no Senado Federal e tendo o apoio da Câmara dos Deputados comandada então pelo presidente Eduado Cunha, Aécio conseguiu inviabilizar as ações da presidente Dilma no legislativo que não conseguia aprovar projetos importantes em nenhuma das duas casas legislativas, em um momento em que o país precisava cortar gastos para reduzir o deficit público. Nesse momento Cunha e Aércio lutavam pela aprovação de “pautas bomba” que aumentavam os gastos públicos visando inviabilizar o governo. 

O que se mostra nesse tipo de atitude é que Aécio não aceita a democracia e a vontade popular. Ou ele está no comando ou um governo seja do país ou de seu partido não terá tranquilidade para atuar. Após a queda da presidente Dilma vários dos seus escândalos de corrupção vieram a tona e o Senador foi afastado da presidência do partido. Articulou muito bem e não foi expulso do PSDB, contanto com a ajuda do presidente do partido, naquela momento, Tasso Jeressati para manter a sua defesa. Assim que a poeira abaixou e foi finalmente protegido pelo Senado em uma votação absurda que evitou o seu afastamento a pedido do STF, Aécio então decide destituir aquele que o ajudou para que os seus interesses fossem preservados. No dia 09 de novembro enviou uma carta a Tasso Jeressati que atuava na presidência do PSDB informando que ele não era mais o presidente do partido a partir daquela data, aplicando um novo golpe em seus próprios companheiros de partido.

O maior problema de tudo isso é que o povo brasileiro escolhe pessoas com essas características  para serem os seus representantes. Enquanto Aécio está colocando os seus interesses acima de qualquer coisa quem paga a conta de suas ações é literalmente o povo brasileiro. Nas “pautas bombas” aprovadas a confiança dos investidores na capacidade do Brasil pagar as suas contas iam diminuindo e assim os investimentos estrangeiros tiveram uma queda expressiva no Brasil atrapalhando nossa situação econômica e fiscal em um momento extremamente delicado. Para dar o golpe na presidente eleita eles tiveram que fazer um estrago tão grande na nossa economia que para reverter esse retrocesso econômico certamente demorará anos.

Hoje temos mais de 13 milhões de desempregados, um dos maiores deficits das contas públicas da nossa história, estados quebrados sem recursos nem para pagar os salários de seus funcionários, um dos menores índices de crescimento do mundo e um governo que só governa para os riscos graças as ações visando sabotar todo um país em busca de privilégios para uma pequena parcela da população. Que o povo pense nas próximas eleições e escolham pessoas que valorizem a democracia, pois aqueles que não a valorizam não merecem a sua confiança e o seu voto. O princípio do voto é que a escolha deve partir de uma maioria. Quando eles tomam essas ações voltadas para sabotar os escolhidos pelo povo demonstram claramente que não respeitam a soberania popular e portanto não deveriam ser eleitos representantes do povo ou merecer a sua confiança, já que, não respeitando o seu voto, claramente eles demonstram que não dão nenhum valor as suas escolhas.

Anderson Silva